Quando me distraio sou volátil, pensamentos fluídos, vou juntando pequenas formas, a principio dispersas e parece que há uma lei de atração nesse meu cosmo "particular", uma gravidade natural que vai juntando-as como numa equação matemática e me sinto distanciada de pensamentos lógicos, afastando conceitos para que minha formas tomem corpo, construindo blocos com inteira liberdade.
As cores chegam dominando, formando silhuetas criando vida somando-se a um conjunto ora mais denso, outras mais brilhantes, se afastando aos poucos desse espaço que criei onde por vezes me aproximo, outras me distancio deixando que elas se evaporem por si mesmas alterando-se em novas nuances para quem sabe num outro espaço se espalharem como nuvens de poeiras de estrelas se agrupando novamente, encostando uma nas outra pela atração natural dos corpos e nessa hora me lembro do cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americano
Carl Sagan, com o qual tivemos o privilégio de viver numa mesma época, no mesmo planeta, aquele em que ele denominava a Terra como apenas "
um ponto pálido azul" neste imenso ilimitado e mutável universo.