Tenho um compromisso com a arte e caminho buscando uma linguagem própria.
Percebo as vezes que, quanto mais vivo, mais me agarro as minhas raízes e isso tem influenciado nas minhas formas, especialmente nas cores.
Por vezes sinto que o
Cerrado vive adormecido em meu inconsciente para depois se manifestar nos coloridos que tenho guardado na memória.
Minha pintura não permite espaço à objetividade, ela é de dentro, subjetiva, pelo menos tento eliminar toda e qualquer forma familiar, pois, ela é feita para transcender assim como você sentiu, assim como você enxergou. É esse o caminho. O observador é livre para interpretar da forma que entende pois, não imponho ideias. Essa tela surgiu de um por do sol com a escuridão da noite visto do alto do avião e essas visões do Cerrado adormecidas ficam na minha memória inconsciente.
Na vida, tudo é uma questão de planos, seja nos vários sentidos práticos do dia a dia como em nossos projetos pessoais assim como agora na pintura dessa tela onde busquei expectativas escondidas dentro de mim.