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Pequena tela executada em textura com areia preta, tinta pva c/ cola branca e pigmentos - #ElmaCarneiro |
O fluir das ideias
Em algumas atividades criativas, em que as metas não estão claramente definidas de antemão,
uma pessoa deve desenvolver um forte significado pessoal com aquilo que deseja
fazer. O artista pode não ter uma imagem visual de como será sua pintura, mas, quando o
quadro já progrediu até certo ponto, deve saber se é o que queria ou não. Um pintor que
desfruta de uma pintura deve ter interiorizado critérios para saber o que é bom ou mau,
para que depois de cada pincelada possa dizer: sim, isso funciona; não, isso não funciona.
Sem tal guia interno é impossível experimentar o flow.
Csikszentmihalyi (1998)
Essa relação com critérios previamente estabelecidos pelo artista forma o guia interno
que lhe permite direcionar o processo criativo, organizando e conduzindo o fluir. O artista se
acha envolvido na atividade que mais lhe parece importante, uma experiência por si mesma
tão prazerosa que pode levá-lo até mesmo a fazer coisas que exijam muito esforço ou que
tenham grande custo, pela motivação intrínseca de fazê-las. Motivado pelo desejo de expressar-
se na linguagem da arte, é capaz de envolver-se no processo criativo a despeito do
que possa ocorrer em sua vida cotidiana, deixando fluir o tempo conforme as necessidades
se apresentam, pensando apenas em solucionar a questão estética à frente da qual se colocou.
No entanto, analisando o ciclo mais amplo do processo criativo de uma obra de arte,
observa-se que o artista se alia ao tempo com absoluta clareza mental, consciente do que é
preciso fazer e de como isso pode ser feito.
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quarta-feira, 25 de abril de 2018
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