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Branco e vermelho mista s/tela, 70x60 cm #ElmaCarneiro - 09/2018 |
Abraham Maslow (1968) adota um ponto de vista semelhante, ressaltando que a criatividade necessita não apenas de iluminação e inspiração; ela necessita também de muito trabalho, treino prolongado, atitude criativa, padrões perfeccionistas. Para a emergência de um novo produto, contribuem, além do conhecimento, tanto certos traços de personalidade como características cognitivas. Os traços e as características associados à criatividade que mais têm atraído a atenção de pesquisadores, dada sua relevância, serão revistos a seguir.
Observa-se, porém, por meio da análise do que as pessoas entendem por criatividade, o predomínio de várias ideias preconcebidas a respeito das características de indivíduos altamente criativos e da forma como surge o produto criativo. Uma dessas ideias é a crença de que a criatividade é um dom divino que favorece apenas um grupo seleto de indivíduos, nada se podendo fazer no sentido de ensiná-la ou implementá-la no indivíduo. Também frequente é a ideia de que criatividade é uma questão de tudo ou nada; a pessoa é vista como criativa ou não criativa, sendo difícil para muitos perceber que a criatividade é uma questão de grau, com alguns indivíduos mais e outros menos criativos. Predomina ainda a ideia de que a criatividade consiste em um lampejo de inspiração que ocorre em determinados indivíduos sem uma razão explicável, como um toque de mágica. A associação entre alta criatividade, desajustamento e loucura também é comum, tendo alguns autores (Witty e Lehman, 1965) apontado uma relação entre criatividade e doença mental, ou entre criatividade e instabilidade nervosa. Para esses autores, o trabalho imaginativo seria o resultado de tentativas de compensar desajustamentos na vida, sendo os conflitos inconscientes um fator decisivo na criação.
O PROCESSO DA CRIATIVIDADE -
Eunice Soriano de Alencar
sábado, 6 de outubro de 2018
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