Pintura de pequenas cidades
Anos 80 e minhas pequenas cidadezinhas bucólicas
Nessa época eu já pintava uma arte ingênua tendo como inspiração as lembranças da minha infância vivida numa cidade do interior e outras pequenas cidades vizinhas. Como é normal, nossa infância grava certos fatos que ficam armazenados para o resto da vida.
Essa ideia de pintar cidadezinhas nasceu um dia espontaneamente e foi logo depois de um curso de artes que que fiz na escola de
Maria Guilhermina que me passava pessoalmente orientações de desenho e pintura, uma grande incentivadora das artes em Goiás e tive como professor o artista plastico
Noé Luiz Mota.
Depois disso, independente do que aprendi, um dia tive a ideia de pintar casinhas pequenas, quase minúsculas como se estivessem sendo vistas do alto e em grande distância, impressões conservadas da minha infância com toda a aquela pureza em minhas lembranças quando moramos naquela pequena cidade onde antes havia apenas uma igreja: a evangélica. Depois de um certo tempo apareceu timidamente a construção de uma outra igreja, desta feita da igreja católica, enfim as duas tinham o mesmo Deus em comum. Haviam sinos que tocavam e até hoje eu gosto de ouvir os sinos das igrejas.
Esse período da minha vida ficou marcado e um dia como num sonho vindo da noite, inesperadamente me veio a ideia de passar para a tela a impressão que eu tinha daquela cidade que abrigou meus embalos de criança, minhas traquinagens, ainda mais eu que era a mais rebelde de todas irmãs. E foi assim que nasceu minha arte primitiva que agradou bem, tanto é que ganhei dois prêmios no
GREMI/81 Festival de Artes - Inhumas - Go e mais outro premio de seleção em 82.