Depois de Cézanne e Picasso a arte nunca mais foi a mesma.
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Tela em acrílica, trabalhando novas cores e traços - janeiro 2018 da série Pequenos Formatos 0,40 x 0,40 |
Paul Cézanne sempre optou pela análise estrutural da natureza e sua essência, porém, Picasso nunca se desmembrou das formas na sua realidade e não conseguiu fazer arte abstrata porque estava aprisionado a objetividade das formas, sempre iniciava uma tela com ideias preconcebidas de uma figura visível ou familiar e mesmo que ele fosse retirando todo e qualquer vestígio das suas figuras, elas se expressavam como no seu inconsciente durante o processo criativo. Ele podia mudar um olho do lugar, alterar o formato de um rosto, recortar, colar, unir formas, alterar medidas, criar uma nova fisionomia e permanecia assim desfragmentando as formas, modificando sua aparência natural, mas nunca conseguiu separar-se delas, não acreditava na abstração de um momento, por isso não concebia o enleio necessário para transcender além da física.
Mesmo assim Picasso deixou um grande legado ao romper alguns conceitos e hábitos da arte naquela época, abrindo as portas à uma linguagem mais livre e ousada, ele foi muito importante e isso reflete até os dias de hoje.
E ele; escreveu:
“A arte abstrata é apenas uma pintura. E o drama? Não existe arte abstrata. Sempre é preciso começar por alguma coisa. Pode-se em seguida remover toda a aparência de realidade; já não há perigo, pois a ideia do objeto deixou uma marca indelével.”
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domingo, 21 de janeiro de 2018
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